“Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”

colonialidade do poder punitivo e a produção da morte no cárcere

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Autores/as

  • Isabela Simões Bueno Universidade Federal do Paraná, UFPR, Brasil.

Palabras clave:

Necropolítica, Encarceramento em massa, Relações etnorraciais

Resumen

O presente texto busca refletir sobre a concentração de corpos negros e pardos no sistema carcerário sob o prisma do racismo, considerando-o como um fenômeno que produz divisões sociais que dão continuidade à lógica colonial fundadora da sociedade brasileira. Assim, o encarceramento revela-se uma poderosa ferramenta necropolítica, pois contribui para a produção da morte (material, simbólica ou social) dos sujeitos encarcerados.

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IBCCRIM

Biografía del autor/a

Isabela Simões Bueno, Universidade Federal do Paraná, UFPR, Brasil.

Doutoranda e Mestre em Filosofia pela UFPR, na linha de pesquisa de Ética e Filosofia Política. Professora de Direitos Humanos na FESP-PR. Advogada.

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Publicado

2024-07-25

Cómo citar

Simões Bueno, I. (2024). “Todo camburão tem um pouco de navio negreiro”: colonialidade do poder punitivo e a produção da morte no cárcere. Boletín IBCCRIM, 31(363), 10–12. Recuperado a partir de https://www.publicacoes.ibccrim.org.br/index.php/boletim_1993/article/view/1570