A (des)necessidade da vontade para o juízo de atribuição do dolo:
um debate ainda necessário? caminhos para a normativização do elemento cognitivo em dois níveis
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https://doi.org/10.5281/zenodo.13685096Palavras-chave:
Dolo, Código Penal, Jurisprudência, Elemento Volitivo, Código Penal , Normativização , Elemento CognitivoResumo
O presente artigo aborda a temática do dolo e busca ultrapassar o debate centrado exclusivamente no elemento volitivo. Examina-se, assim, o desenvolvimento epistemológico do dolo, trazendo à tona as repercussões negativas de uma discussão centrada exclusivamente no elemento volitivo para propor uma solução de lege lata baseada na normativização do elemento cognitivo em dois níveis analíticos, sob a influência das posturas teóricas de Ingeborg Puppe, Eduardo Viana e Wagner Marteleto Filho.
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